Barreiras da recuperação
1- Negação- De
que esteja usando, abusando ou trazendo problemas sejam nos estudos,
relacionamentos ou no trabalho se manifestando:
1-a- Como
racionalização, ou seja, encontrar desculpas para se justificar, principalmente
a si mesmo:
-“Se tivesse que suportar a pressão que eu encaro,
você tomaria algumas também”
-“Minha vida conjugal (esposa e eu) não está bem. Por
isso que eu bebo”.
1-b- Como
minimização: negando a progressão da doença para si e para o outro:
-“Tomo só dois drinques no fim da tarde”, (mas não
fala que são duplos e que o final da tarde começou depois do almoço.)
-“A cocaína não é um problema que me atrapalha, só uso
nos fins de semana”,
(mas não diz que lhe custa
mais do que ganha ou os riscos que corre.)
2-A visão do túnel- Nela, as necessidades pessoais do uso impedem que o dependente químico
perceba a destruição que está deixando em seu caminho; como se estivesse usando
uma viseira. O dependente químico tem como objetivo primordial a droga a
qualquer custo, não importando a que preço, a quem possa ferir m seu caminho ou
o que possa destruir, inclusive os perigos no caminho. Na visão de túnel ele
apenas vê a luz que existe no final, e para ele essa luz simplesmente é um trem
vindo de frente.
3- Blecautes provocados pelo inconsciente:- São as lembranças dolorosas que o consciente não quer
lembrar; a culpa, o remorso e a vergonha crescem de tal maneira que despertam a
raiva de si mesmo, mandando a memória dos acontecimentos para o inconsciente.
Nem todos os dependentes químicos experimentam esta sensação, mas conforme a
doença vai progredindo as chances aumentam.
4- Círculo do Perfeccionismo X Químico:- Quando sai de um tratamento, geralmente, ele quer
fazer tudo o mais perfeito possível, compensando comportamentos inaceitáveis
durante a ativa. Começando a perceber os valores perdidos, surgem os remorsos,
ressentimentos, culpa, medo. Não se permite errar. Sonha alto demais com
realizações que não tem como concretizar, se não estiver consciente cria um
círculo vicioso:
1- Recuperação
(internação)
6-
Comportamento 2
- Metas inatingíveis
5-
Busca de satisfação
química
(alívio da dor) 3-
Provável
fracasso
4- Frustração
5- Projeção- Tirar
a atenção de si, negando uma situação real, culpando os outros, o que não é
aceitável emocionalmente para ele, é atribuído aos outros.
6- Mito do tudo ou nada- É a rigidez de pensamento. Por exemplo, “um pedaço de
bolo não é o suficiente, eu quero tudo”. Procurar ser mais flexível, porque
senão, ao tentar solucionar problemas, quase sempre acontecem fracassos. Com
isso, perde a confiança em si mesmo, se torna hipersensível à críticas, não
aceita regras e todos o rejeitam.
7- Paralisia da solidão- Esta fase é muito difícil, ele se torna tão
solitário, que fica paralisado para ter qualquer iniciativa. Fica deprimido,
apático, sem esperança, não tem vontade de viver. Apesar de muitos dependentes
químicos parecerem ser o centro da festa, na realidade, seus relacionamentos
são bastante superficiais. O nível de contato vai caindo, se restringindo
apenas a amigos da ativa. Se isola cada vez mais dos outros.
Cinco obrigações
para a recuperação
1- Conhecer a doença, a sua
evolução e sintomas
2- Conhecer os problemas que ela
acarreta para si e para a família
3- Conhecer alguns sintomas que
podem acontecer quando parar de usar
4- Saber o que fazer para ficar
sóbrio
5- Ter um programa de vida com
disciplina e prevenção a possíveis recaídas
Abaixo, alguns
sintomas que acontecem normalmente ao parar
(logo após e, até,
alguns meses depois)
fadiga
- sonhos, pesadelos
- enjôos
- irritação da pele (cravos,
coceiras)
- pés frios, arroxeados
- lapsos de memória
- angústia
- irritabilidade
- sensação de sofrimento profundo
- emoções descontroladas
- oscilações rápidas de humor
- dores de cabeça
- aumento de energia e disposição
- aumento de apetite (é muito importante ter uma nutrição
balanceada até um ano e meio depois)
- melhor paladar
- aumento de cabelo
- atividade sexual recuperada vagarosamente
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