segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Espiritualidade Na Vida Equilibrada




Espiritualidade

            Muita gente acredita que espiritualidade é simplesmente ir à igreja ou templo, seguir seus dogmas e etc. Não, espiritualidade vem a ser muito mais do que isso, é o nosso relacionamento com o outro e com o meio em que vivemos. A partir do princípio que Deus se manifesta através do próximo tendo um bom relacionamento com ele estamos nos relacionando com nosso poder superior.

 Religiosidade é seguir os preceitos de determinada igreja, frequentá-la e também acreditar na experiência que o outro tem de Deus, espiritualidade é acreditar em sua própria experiência. Muitos acreditam ser necessários rituais para estar em contato consciente com seu poder superior, não é assim, praticamos rituais de passagem, de oração ou de religiosidade e eles não funcionam, talvez seja por não estarmos depositando fé neles, apenas seguindo um ritual. Precisamos deles, mas cada um tem a sua forma específica de orar.

Diz um conto sufi que uma grande catástrofe ameaçava uma aldeia do Oriente e os anciãos foram à determinada clareira, acenderam o fogo, entoaram certos cânticos, pediram proteção e foram atendidos. Gerações se passaram e o perigo voltou. Um ancião foi para a mata, acendeu o fogo e disse: “Senhor, não conheço os cânticos, nem sei a oração certa, mas, por favor, nos proteja”, no que foi atendido. Mais um tempo se passou e o perigo voltou. Um homem entrou na mata e pediu: “Pai, não sei o lugar, não sei acender a fogueira, nem os cânticos e as orações, mas, por misericórdia, nos salve”. E foi atendido.
     
   Não importa a forma, e sim que tenhamos fé e que funcione para nós. Não devemos exigir provas, já que a nossa própria existência é a maior prova, mas devemos ter a mente aberta para percebermos a sua manifestação e lembrar que, por mais difícil que possa parecer à situação vivida, ela poderia ser muito pior.
        É necessário cuidar da parte espiritual, acreditando e confiando em um Poder Superior, seja ele qual for, desde que seja amoroso, que irá gradativamente tirar o indivíduo do centro do Universo, tornando- o parte dele, de algo maior. Vários dos Doze Passos (o segundo, terceiro, sexto, sétimo e o décimo primeiro) nos falam sobre um Poder Superior, um contato consciente com “Ele”. Um tempo deve ser reservado para Ele também ou não há recuperação, lembrando que sozinho não conseguirá nada e que precisa de ajuda.
            Como se pode comprovar, a maioria das pessoas, sejam adictas ou não, não vive equilibradamente. Esta é a vantagem do adicto, para ele não é opção, e sim vida ou morte, é obrigado a viver em harmonia consigo, com Deus e com o meio em que vive.

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